Secretaria do Meio Ambiente poderá iniciar o cálculo da Pegada Ecológica da cidade, em 2011. O projeto é do Vereador Tripoli. Imprimir
Qui, 11 de Novembro de 2010 13:34
O secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martins Sobrinho, estudará uma forma de introduzir o cálculo da Pegada Ecológica da cidade no próximo inventário oficial das emissões de carbono, conforme proposta inserida pelo vereador Roberto Tripoli (PV) na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2011.
 
Da esquerda para a direita, Eduardo Jorge, Tripoli e o vereador Penna, presidente do PV (foto:Marcelo Ximenez )
 
A afirmação foi feita durante a audiência pública para discussão do orçamento de 2011, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), realizada nesse 11 de novembro, na Câmara Municipal de São Paulo, sob a coordenação do vereador Roberto Tripoli (PV), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento.

Conforme se recorda, o vereador Tripoli conseguiu aprovar, como uma das ações prioritárias contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), um Projeto Piloto para Cálculo das Pegadas Ecológica, Hídrica e de Carbono nas Ações Municipais, e que deveria ser incluído na peça orçamentária para 2011.

É uma proposta inovadora, por isso, quando Tripoli abriu a discussão na LDO ainda não existiam valores fechados para o projeto piloto. Por isso, ficou por conta do Executivo discutir tecnicamente os caminhos para implantar esta ação fundamental para a cidade.

Agora, finalmente, Eduardo Jorge parece ter visto um caminho para a cidade iniciar os cálculos. “Vamos estudar a inclusão da Pegada Ecológica nos cálculos do inventário das emissões de carbono. Abriremos licitação em breve para atualizar o inventário”, garantiu o secretário.

Olhando para o ambiente

O orçamento do verde é considerado reduzido demais, diante dos imensos problemas ambientais da cidade. Eduardo Jorge admite que é pouco, mas a situação já foi bem pior. “Em 2005, herdamos um orçamento da administração anterior de R$ 69 milhões, o que equivalia a 0,4% do orçamento total da cidade”, recorda o secretário.

“Para o ano que vem, conforme a proposta da Prefeitura, que ainda vai passar pela Câmara, nossa Secretaria terá 1,2% do orçamento total, ou seja, perto de R$ 350 milhões. É um avanço. E temos que entender também que a Administração Kassab está focando prioritariamente em Educação e Saúde, nem por isso meio ambiente está esquecido”, garante Eduardo Jorge.

Um dos pontos mais questionados pelos vereadores durante a audiência pública é a ampliação das ciclovias da cidade, pois praticamente não se pensou nelas no orçamento para 2011. Eduardo Jorge explicou que sua Secretaria não coordena mais esse projeto, que foi transferido para a pasta de Transportes, o que, segundo ele, é o correto pois a bicicleta é um veículo.

Mesmo assim, garante que Kassab pretende acabar seu mandato entregando um total de 100 km de ciclovias na cidade. Já existem perto de 40 km e mais 40 estão sendo licitados em áreas importantes da periferia, informou Eduardo Jorge, esclarecendo que colocar ciclovias na maior parte da cidade é extremamente difícil, diante de uma cidade não preparada para bicicletas.

E a arborização?

Um projeto do qual Eduardo Jorge se orgulha é o programa de ampliação das áreas verdes. Garante que pegou a cidade com 15 milhões de metros quadrados em parques e 20 mil árvores plantadas anualmente. “Já conseguimos ampliar para 25 milhões de metros quadrados, distribuídos em 64 parques; e chegaremos ao final do governo Kassab com 50 milhões de metros quadrados, em 100 parques”.

Sobre o plantio, o secretário afirma que a cidade agora ganha 200 mil árvores novas por ano. Mas, e a manutenção dessas árvores? Eduardo Jorge admite que “é preciso estudar uma estrutura administrativa mais poderosa para cuidar das áreas verdes e da arborização, mas essa discussão deve passar pela Câmara Municipal”.

Questionado por munícipes sobre o aparente abandono das mudas plantadas pela Dersa na compensação resultante da reforma da Marginal Tietê, Eduardo Jorge garantiu que “cada muda plantada tem que ser, contratualmente, acompanhada por dois anos. Caso morra, deve ser substituída e acompanhada novamente”.