Finalmente, Ibama vai retirar Urubus da Bienal; Justiça Federal também negou pedido de uso das aves PDF Imprimir E-mail
Animais
Depois de um número enorme de informações desencontradas, o superintendente substituto do Ibama-SP, Murilo Rocha, garantiu para o vereador Roberto Tripoli (PV-SP) que os três-urubus-de-cabeça-amarela serão retirados do Pavilhão da Bienal, nessa noite de 7 de outubro, depois do fechamento da exposição ao público, previsto para 22 horas. Enquanto isso, Gláucia Bispo, da Divisão de Fauna do Ibama-Sergipe, voltou a observar que as aves “deveriam ter sido retiradas dias atrás, desde que a licença de transporte e exibição foi cancelada. Sem esta licença as aves estavam expostas ilegalmente, não vemos motivo para a intimação ter permitido mais cinco ou seis dias de exposição”.

A falta de clareza percebidas nas informações do Ibama, durante toda esta semana, talvez possa ser explica pela notícia que veio à tona no final da tarde: a Bienal havia recorrido à Justiça Federal pelo direito de continuar usando os urubus até dezembro, mas teve o pedido indeferido. Conforme divulgado pelo site da Folha.com, da Folha de S. Paulo, a Bienal, mesmo com a licença cassada e com laudos comprovando a inadequação do cativeiro onde as aves ficavam, recorreu à Justiça Federal para conseguir manter os urubus na obra do artista Nuno Ramos. Felizmente, o pedido foi indeferido pelo juiz federal substituto da 13 Vara Civil Federal, Eurico Zecchin Maiolino, que se baseou na “suspeita de possibilidade de dano aos animais”. A alegação da Bienal foi a “liberdade de expressão” do artista plástico, garantindo que não havia prova de maus-tratos.

Como se recorda, desde setembro, depois de vários protestos da proteção animal e de intervenções do vereador Roberto Tripoli, que recorreu inclusive ao Ibama-Sergipe, de onde os animais são oriundos, a licença de exibição acabou cancelada dia 30 de setembro último. No entanto, inexplicavelmente, ao invés de exigir ou providenciar a imediata retirada dos urubus, o Ibama de São Paulo deu um prazo de cinco dias para a Bienal providenciar a devolução dos animais para o criador.

Vale observar que o Ibama São Paulo chegou a fazer laudo sobre as precárias condições em que as aves de encontravam na instalação de arte, isso em 23 de setembro. Esse laudo ajudou a subsidiar a decisão do Ibama de Sergipe, de cancelar a licença. No entanto, as aves continuaram até a data de hoje, 7 de setembro, expostas, sob um barulho infernal, sem luz solar, e, segundo técnicos consultados, sob profundo estresse, sem contar sequer com um ponto de fuga onde pudessem se esconder e nem substratos adequados para sua espécie, no cativeiro improvisado.

Veja os lances da luta em defesa dos urubus:

Ibama intima Bienal a retirar aves

Tripoli questiona Ibama de Sergipe

Tripoli questiona Ibama-SP, Prefeitura e aciona Polícia Civil

“Cinema, Aspirinas e Urubus”, artigo de Regina Macedo


Última atualização ( Qui, 07 de Outubro de 2010 23:16 )
 
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